INTRODUÇÃO
Essa pesquisa tem como principal objetivo verificar as diferenças de habilidades motoras dos atletas de futebol americano, de forma a trazer para treinadores e preparadores físicos da referida modalidade dados quantitativos acerca do tema. Quando se tratando desse desporto, em que diferentes posições possuem características únicas, a correta escolha de posição para determinado atleta é de vital importância desde o início para que se utilize o talento do atleta da melhor forma possível, sem esquecer do principio da individualidade biológica.
Por se tratar de um desporto pouco conhecido e sua difusão se limitar a veículos como internet e ser televisionado em canais fechados há a necessidade de uma explicação sobre as origens e regras do esporte para esclarecer de forma resumida os pontos principais do mesmo.
Essa pesquisa trata-se de uma pesquisa bibliográfica documental, na qual se analisam dados para testar a hipótese a qual o trabalho se baseia, sendo para esse trabalho que o resultado dos testes do Combine NFL são relacionados à posição e a função do atleta em campo.
Os estudos utilizados para essa pesquisa foram retirados de bancos de dados americanos, sobretudo de universidades e publicações com análise de atletas universitários do desporto citado, além de dados disponíveis sobre os testes pré-contratação de atletas universitários que se candidataram a entrar na liga profissional (National Football League) no ano de 2011, os quais são expostos no site dessa liga. Para testar a hipótese, os dados supracitados foram analisados estatisticamente, com seus resultados mostrados adiante. O que se vê é que existe uma grande variedade de capacidades atléticas entre os praticantes universitários, sendo que a especificidade da posição do atleta reflete nos resultados do teste, pois a mesma define qual será a função em campo do jogador, sendo correndo, bloqueando ou derrubando.
A Origem do Futebol Americano
Segundo Associação de Futebol Americano do Brasil- AFAB (2011), o futebol americano passou a ser desenvolvido após uma serie de jogos entre a faculdade e Harvard e Yale em 1867, sendo que cada uma delas usava um conjunto de regras diferentes da outra, o que a fez alternar as regras entre as partidas.
O crescente sentimento nacionalista dos americanos fez com que as regras do Rugby, um esporte inglês, fossem modificadas, de forma a criar um novo esporte, tentando apagar a influência inglesa (PFRA, 2011). A união das universidades de Yale, Harvard, Princetown e Columbia para a formação de futebol inter-universitária, a qual ainda usava principalmente as regras do Rugby, com exceção a algumas regras. O grande nome, considerado criador do futebol americano como conhecemos é Walter Camp, o que será explicado a seguir. (PFRA, 2011)
Walter Camp, nascido em 17 de abril de 1859 na cidade de New Haven, Connecticut, aluno da universidade de Yale de 1876 a 1882, quando passou a exercer a função de assistente de tesouraria, tesoureiro, gerente geral, presidente e finalmente, presidente do conselho da New Haven Clock Company. Morreu tranqüilamente durante o sono em 14 de março de 1925. (PFRA, 2011).
Camp era um atleta nato, o melhor de sua turma no colégio (high school). Incrível em natação, corrida, baseball, até chegar nas variações do futebol association, o qual, novamente, se destacou. Quando entrou para a universidade de Yale, naturalmente se inscreveu para o time de futebol americano. Naquela época, como citado anteriormente, ainda não existia um sistema de regras unificado e as equipes jogavam alternando essas regras. A regra utilizada era a do Rugby Union Code, utilizado na Inglaterra. O grande problema estava na contagem de pontos, pois ao utilizar as regras do Rugby da época, a pontuação que decidia uma partida era o chute entre as traves e não os touchdowns. Columbia e Yale eram a contra a contagem de pontos do touchdown, preferindo a pontuação do Rugby, enquanto Princetown e Harvard eram a favor da contagem. Na partida entre Harvard e Yale, Harvard completou três touchdowns, porém, erraram todos os chutes de conversão, enquanto Yale fez apenas um chute completo e venceu a partida por 1 a 0 (PFRA, 2011)
Em 1880, na convenção inter-universitária de football, Camp propôs a redução de 15 jogadores em campo por equipe para 11. Isso significou não somente a redução de jogadores, como possibilitou um jogo mais aberto, tornando também o jogo mais atraente para se ver. Outra criação importante foi a linha de Scrimmage, que separava a equipe com posse da bola da equipe defensora, no momento em que essa proposta foi aceita, o futebol americano teve seu início. Apesar de alguns problemas para adaptação as novas regras, logo as equipes se adaptaram as novas regras. Em 1883, houve uma mudança no sistema de contagem de pontos, ainda diferente do que conhecemos hoje, o qual atualmente é: 6 pontos para cada touchdown, ou seja, cada tentativa bem sucedida de atravessar a endzone adversária; 2 pontos para cada safety, a única possibilidade de um time de defesa fazer pontos, quando o jogador com posse de bola é derrubado dentro de sua própria endzone; chute ao gol após touchdown: 1 ponto ou invés de chutar, fazer uma jogada comum e cruzar a linha da endzone novamente: 2 pontos e; um field goal valendo 3 pontos. (PFRA, 2011)
A história do futebol americano no Brasil é recente, data da década de 1990, quando foram transmitidas partidas da modalidade em redes televisivas nacionais, o que trouxe visibilidade e interesse ao esporte. A Associação de Futebol Americano do Brasil foi criada em 2000, e atualmente conta com 12 entidades afiliadas, que representam os Estados de RS, SC, PR, SP, RJ, ES, DF, MT, PB, AM e CE (AFAB, 2011).
Características do esporte
O jogo de futebol americano consiste em uma modalidade esportiva coletiva que segundo Bompa (2002) pode ser classificado como “Desportos que necessitam do aperfeiçoamento de uma habilidade realizada em uma competição com oponentes” e ainda diz que “é necessário possuir excelente funcionamento dos órgãos sensoriais e ter a capacidade de perceber e agir rapidamente sob circunstâncias que se modificam constantemente durante a competição”.
O objetivo principal do jogo é atravessar o campo para alcançar a zona de pontuação, denominada Endzone. O jogo é dividido em 4 partes de quinze minutos, denominados quartos, somando um tempo total de uma hora jogada. Cada vez que o time alcança a Endzone adversária, se adicionam seis pontos ao seu marcador e a equipe tem direito à conversão de um ou dois pontos extra, sendo que caso chute a bola entre as balizas se adiciona um ponto e se a equipe alcança novamente a Endzone adversária, se adiciona dois pontos. Cada equipe que tem a posse da bola tem direito a quatro tentativas para avançar dez jardas, após essas quatro tentativas deve entregar a posse de bola para o outro time, que passa a atacar. Caso a equipe não avance as jardas, ela pode optar por passar a posse de bola para o adversário ou tentar um Field Goal, que consiste em chutar a bola, como se numa conversão de ponto extra, porém do ponto de onde a equipe se encontra com a posse de bola. Caso a conversão seja concluída com sucesso, a equipe que chutou soma três pontos no placar (AFAB, 2011)
Time
Uma equipe de Futebol Americano é dividida em três esquadrões bem definidos, sendo que o número de jogadores em campo de cada equipe é onze por vez, com substituições livres: Um time de ataque, que tem como seu principal objetivo alcançar a Endzone adversária para pontuar; a equipe de defesa, que tem por objetivo impedir o avanço do ataque e; a equipe de especialistas, que são responsáveis pelos Kickoffs, Punt Kicks e Field goals, e seus retornos. (AFAB, 2011)
Ataque
O ataque possui as chamadas posições de habilidade que consiste em: Quarterbacks (Qbs) que são os armadores do jogo, recebem a bola no inicio da jogada e a partir daí decidem se a jogada será um passe para um recebedor ou uma corrida com um corredor. É considerado o cérebro do time ofensivo; Os Running backs (Rbs) que são os corredores, eles recebem a bola das mãos do Quarterback e corre com ela, procurando fugir da marcação e avançar o máximo possivel; Wide Receivers (WRs) que são os recebedores de passes. Geralmente saem mais separados do restante do time no inicio da jogada e fazem uma rota pré-estabelecida para se livrar da marcação do Cornerback (ver em posições da defesa), geralmente são mais altos e rápidos, não tendo tanta necessidade de ter um tipo físico forte e; Tight Ends (TEs) que são considerados o sexto homem da linha, pois possui a função de ajudar no bloqueio do time de defesa, mas pode sair pra receber passes em detrimento aos jogadores da linha ofensiva. O ataque ainda conta com os jogadores da linha ofensiva (o Center, dois Guards, um de cada lado do Center, dois Tackles, um ao lado de cada Guard), que são os maiores jogadores do time, freqüentemente sendo jogadores com mais de 100kg e altos, com exceções. São os responsáveis por passar a bola no início da jogada para o Quarterback (snap) e bloquear o avanço do time de defesa para dar ao lançador o tempo necessário para completar a jogada. Esses jogadores em sua grande maioria tem na força física sua principal característica (D’AMARO, 2011).
Defesa
O time de defesa possui os jogadores da linha defensiva (DL), que é a primeira linha que tenta avançar no Quarterback adversário para impedir a corrida ou o passe. Geralmente se utilizam 3 ou 4 linhas defensivos. Posicionados logo atrás dos jogadores da linha defensiva estão os Linebackers (LB), que tem como função marcar os Running Backs e impedir o passe do Quarterback. Quando a defesa posiciona 3 DLs, geralmente coloca 4 LBs e quando se tem 4 DLs se coloca 3 LBs. Saindo frente a frente com os Wide Receivers estão os Cornerbacks (CBs) que são responsáveis pela marcação do recebedor de passe ao qual se alinha. Como ultima defesa, temos dois Safeties, um deles tem a função de marcar o Tight End quando o mesmo sai para receber passes e o outro fica posicionado como ultimo homem do campo, para impedir um jogador do ataque que tenha passado pela defesa até ele (D’AMARO, 2011).
Time de especialistas
O time especial é formado por jogadores tanto do time de ataque quanto de defesa, conforme as características necessárias, mais um chutador (Kicker ou Punter). Em situações de quarta descida em que o time decide pelo Punt (chute para entregar a posse de bola o mais recuado possível ao adversário), Field Goal, Kickoffs, Punt return, Field goal block e kickoff return essa equipe entra. (D’AMARO, 2011)
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS DOS JOGADORES
Segundo um estudo realizado por Mathews e Wagner (2008) que estudava a prevalência de sobrepeso e obesidade em oitenta e cinco jogadores universitários da Divisão I da NCAA submetidos a testes de IMC (índice de massa corpórea), altura, peso, circunferência do quadril e Bioimpedância, sendo que esses testes foram correlacionados positivamente, apesar do IMC superestimar os resultados em 50,6% dos casos, sendo que se fosse considerado apenas esse teste, 81% dos analisados apresentaram sobrepeso ou obesidade, sendo estes, em sua grande maioria, jogadores da linha ofensiva, da linha defensiva ou tight ends, enquanto que utilizando a mensuração de circunferência do quadril apenas 17,6% tinham uma circunferência maior que 102cm (indicador de riscos cardiovasculares) e no teste de bioimpedância, apenas os jogadores da linha ofensiva apresentaram mais de 25% de gordura corporal, o que é considerado um indicador de obesidade Essa situação traduz um aumento na presença de jogadores com sobrepeso e obesidade, o que pode refletir a maior incidência dessa população nos Estados Unidos nos últimos anos.
Em outro estudo, de Kaiser e col., foram analisados sessenta e cinco jogadores do primeiro ano da faculdade, advindos de sistema de treinamento juvenil de suas escolas, em que as faculdades são participantes da Divisão I da NCAA (National Collegiate Athletic Association, ou Associação Nacional Atlética Universitária), os testes aplicados foram analisados estatisticamente com o teste de ANOVA, chagando aos seguintes resultados: os atletas não possuíam diferenças significativas de altura entre as posições de Offensive Linemen, Defensive Linemen e Tight Ends; entre Quarterbacks, Linebackers, Kickers e Wide Receivers; e entre Running Backs e Defensive Linemen. Não possuíam diferenças significantes de massa corporal entre as posições de Offensive Linemen e Defensive Linemen; entre Tight Ends e Linebackers, Running Backs, Quarterbacks, Wide Receivers, Kickers e Defensive Backs. Quanto a porcentagem de gordura corporal, nenhum grupo apontou diferença significativa em relação a outro. Quando analisado o IMC (índice de Massa Corpórea), a diferença só foi encontrada entre dois grupos de posições: o grupo I inclui Offensive Linemen, Defensive linemen, Running Back e Tight End, e o Grupo II inclui Quarterbacks, Defensive Backs, Wide Receivers e Kickers. Quando esse estudo é comparado a um estudo de Kramer e col(apud KRAEMER Body size and composition of National Football League players. J Strength Cond Res 3:485-489, 2005) Observa-se que os alunos envolvidos na pesquisa são em media um pouco maiores que os profissionais (189cm contra 188cm), possuem massa corporal parecida (ambos 107kg), quando comparado o percentual de gordura, os profissionais são um pouco mais magros (14% contra 15%) e o IMC é mais alto em jogadores profissionais (30 contra 29,8kg/m2)
Um estudo realizado por Mc.Gee e Buskett (2003) aponta que os testes do Combine da NFL podem ser considerados como um parâmetro para prever o sucesso do atleta na liga profissional, quando usado de forma apropriada pela equipe técnica, sendo que os resultados mais consideráveis são obtidos analisando testes das seguintes posições: Wide Receiver, Running Backs e Defensive Backs (englobam Cornerbacks e Safeties) quando comparados com Linebackers. Abaixo, serão descritos os testes que fazem parte do Combine.
Testes do Combine NFL
Forty Yard Dash Drill
O teste de tiro de quarenta jardas é um dos mais populares do Combine, consiste no avaliado correr, o mais rápido possível a distância de quarenta jardas, tendo tomadas de tempo na jarda dez, na jarda vinte e na jarda quarenta, como mostrado na Figura 1 (NFL.COM).
É um teste que tem por principal objetivo mensurar a potência anaeróbia, aceleração e velocidade do atleta (MC GEE & BUSKETT, 2003).
Bench Press Test
O teste de Bench Press (a.k.a. Supino) é um teste de força e resistência muscular em que o atleta repete o movimento do exercício de supino com uma barra com 225 pounds (aproximadamente 102kg) até atingir a fadiga(NFL.COM).
Utilizado para mensurar a força de membros superiores, sendo o único teste do Combine em que a ênfase é nos membros superiores do atleta avaliado.(MC GEE & BUSKETT, 2003)
Vertical Jump
O avaliado se posiciona com os pés unidos e deve saltar o mais alto possível, empurrando uma seqüência de bandeiras de plástico que são posicionadas à sua frente. Esse teste indica a potência anaeróbia e força de membros inferiores (NFL.COM).
Broad Jump
Segundo Mc. Gee e Buskett (2003), o teste de salto em distância indica a potência e força de membros inferiores, sendo que o atleta deve partir de um semi-agachamento, saltando em frente o mais distante que conseguir. A mensuração do resultado é obtida do ponto de partida até o ponto mais próximo do ponto inicial em que o atleta tocou o chão após o salto.
Three Cone Drill
O avaliado inicia esse teste na posição de três pontos, de frente para três cones que são colocados em forma de “L” com uma distância de cinco jardas entre eles. O início do exercício é de frente ao primeiro cone destes, ele corre até o cone que está a frente, corre de volta ao primeiro, então em direção ao segundo novamente, passa por fora dele, em direção ao terceiro, o qual ele contorna e corre de volta ao segundo, que contorna também, agora em direção ao primeiro cone, aonde o teste termina.Esse teste tem como objetivo mensurar a potência de membros inferiores do atleta, bem como a sua habilidade em mudar de direção rapidamente (MCGEE & BUSKETT, 2003).
Twelve Yard Shuttle Drill
Nesse teste, são colocados três cones paralelos, com uma distância entre si de 5 jardas. O avaliado inicia da posição de três pontos no cone do meio, ao sinal sonoro ele corre até um dos cones, chegando nele, muda de direção e corre em direção ao cone que está na outra extremidade, conforme mostra a figura 3 (NFL.COM).
Esse teste tem com objetivo mensurar a potência de membros inferiores e a habilidade de mudar de direção, alcançando uma grande velocidade rapidamente do avaliado (MCGEE & BUSKETT, 2003).
Apresentação e análise dos resultados
Os dados do Combine NFL foram analisados pelo software WinSTAT for Excel, o qual apontou distribuição Normal para todos os testes. A média e desvio padrão dos testes são apresentados na tabela abaixo. A seguir, serão apresentados os resultados da análise estatística.
O objetivo principal do jogo é atravessar o campo para alcançar a zona de pontuação, denominada Endzone. O jogo é dividido em 4 partes de quinze minutos, denominados quartos, somando um tempo total de uma hora jogada. Cada vez que o time alcança a Endzone adversária, se adicionam seis pontos ao seu marcador e a equipe tem direito à conversão de um ou dois pontos extra, sendo que caso chute a bola entre as balizas se adiciona um ponto e se a equipe alcança novamente a Endzone adversária, se adiciona dois pontos. Cada equipe que tem a posse da bola tem direito a quatro tentativas para avançar dez jardas, após essas quatro tentativas deve entregar a posse de bola para o outro time, que passa a atacar. Caso a equipe não avance as jardas, ela pode optar por passar a posse de bola para o adversário ou tentar um Field Goal, que consiste em chutar a bola, como se numa conversão de ponto extra, porém do ponto de onde a equipe se encontra com a posse de bola. Caso a conversão seja concluída com sucesso, a equipe que chutou soma três pontos no placar (AFAB, 2011)
Time
Uma equipe de Futebol Americano é dividida em três esquadrões bem definidos, sendo que o número de jogadores em campo de cada equipe é onze por vez, com substituições livres: Um time de ataque, que tem como seu principal objetivo alcançar a Endzone adversária para pontuar; a equipe de defesa, que tem por objetivo impedir o avanço do ataque e; a equipe de especialistas, que são responsáveis pelos Kickoffs, Punt Kicks e Field goals, e seus retornos. (AFAB, 2011)
Ataque
O ataque possui as chamadas posições de habilidade que consiste em: Quarterbacks (Qbs) que são os armadores do jogo, recebem a bola no inicio da jogada e a partir daí decidem se a jogada será um passe para um recebedor ou uma corrida com um corredor. É considerado o cérebro do time ofensivo; Os Running backs (Rbs) que são os corredores, eles recebem a bola das mãos do Quarterback e corre com ela, procurando fugir da marcação e avançar o máximo possivel; Wide Receivers (WRs) que são os recebedores de passes. Geralmente saem mais separados do restante do time no inicio da jogada e fazem uma rota pré-estabelecida para se livrar da marcação do Cornerback (ver em posições da defesa), geralmente são mais altos e rápidos, não tendo tanta necessidade de ter um tipo físico forte e; Tight Ends (TEs) que são considerados o sexto homem da linha, pois possui a função de ajudar no bloqueio do time de defesa, mas pode sair pra receber passes em detrimento aos jogadores da linha ofensiva. O ataque ainda conta com os jogadores da linha ofensiva (o Center, dois Guards, um de cada lado do Center, dois Tackles, um ao lado de cada Guard), que são os maiores jogadores do time, freqüentemente sendo jogadores com mais de 100kg e altos, com exceções. São os responsáveis por passar a bola no início da jogada para o Quarterback (snap) e bloquear o avanço do time de defesa para dar ao lançador o tempo necessário para completar a jogada. Esses jogadores em sua grande maioria tem na força física sua principal característica (D’AMARO, 2011).
Defesa
O time de defesa possui os jogadores da linha defensiva (DL), que é a primeira linha que tenta avançar no Quarterback adversário para impedir a corrida ou o passe. Geralmente se utilizam 3 ou 4 linhas defensivos. Posicionados logo atrás dos jogadores da linha defensiva estão os Linebackers (LB), que tem como função marcar os Running Backs e impedir o passe do Quarterback. Quando a defesa posiciona 3 DLs, geralmente coloca 4 LBs e quando se tem 4 DLs se coloca 3 LBs. Saindo frente a frente com os Wide Receivers estão os Cornerbacks (CBs) que são responsáveis pela marcação do recebedor de passe ao qual se alinha. Como ultima defesa, temos dois Safeties, um deles tem a função de marcar o Tight End quando o mesmo sai para receber passes e o outro fica posicionado como ultimo homem do campo, para impedir um jogador do ataque que tenha passado pela defesa até ele (D’AMARO, 2011).
Time de especialistas
O time especial é formado por jogadores tanto do time de ataque quanto de defesa, conforme as características necessárias, mais um chutador (Kicker ou Punter). Em situações de quarta descida em que o time decide pelo Punt (chute para entregar a posse de bola o mais recuado possível ao adversário), Field Goal, Kickoffs, Punt return, Field goal block e kickoff return essa equipe entra. (D’AMARO, 2011)
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS DOS JOGADORES
Segundo um estudo realizado por Mathews e Wagner (2008) que estudava a prevalência de sobrepeso e obesidade em oitenta e cinco jogadores universitários da Divisão I da NCAA submetidos a testes de IMC (índice de massa corpórea), altura, peso, circunferência do quadril e Bioimpedância, sendo que esses testes foram correlacionados positivamente, apesar do IMC superestimar os resultados em 50,6% dos casos, sendo que se fosse considerado apenas esse teste, 81% dos analisados apresentaram sobrepeso ou obesidade, sendo estes, em sua grande maioria, jogadores da linha ofensiva, da linha defensiva ou tight ends, enquanto que utilizando a mensuração de circunferência do quadril apenas 17,6% tinham uma circunferência maior que 102cm (indicador de riscos cardiovasculares) e no teste de bioimpedância, apenas os jogadores da linha ofensiva apresentaram mais de 25% de gordura corporal, o que é considerado um indicador de obesidade Essa situação traduz um aumento na presença de jogadores com sobrepeso e obesidade, o que pode refletir a maior incidência dessa população nos Estados Unidos nos últimos anos.
Em outro estudo, de Kaiser e col., foram analisados sessenta e cinco jogadores do primeiro ano da faculdade, advindos de sistema de treinamento juvenil de suas escolas, em que as faculdades são participantes da Divisão I da NCAA (National Collegiate Athletic Association, ou Associação Nacional Atlética Universitária), os testes aplicados foram analisados estatisticamente com o teste de ANOVA, chagando aos seguintes resultados: os atletas não possuíam diferenças significativas de altura entre as posições de Offensive Linemen, Defensive Linemen e Tight Ends; entre Quarterbacks, Linebackers, Kickers e Wide Receivers; e entre Running Backs e Defensive Linemen. Não possuíam diferenças significantes de massa corporal entre as posições de Offensive Linemen e Defensive Linemen; entre Tight Ends e Linebackers, Running Backs, Quarterbacks, Wide Receivers, Kickers e Defensive Backs. Quanto a porcentagem de gordura corporal, nenhum grupo apontou diferença significativa em relação a outro. Quando analisado o IMC (índice de Massa Corpórea), a diferença só foi encontrada entre dois grupos de posições: o grupo I inclui Offensive Linemen, Defensive linemen, Running Back e Tight End, e o Grupo II inclui Quarterbacks, Defensive Backs, Wide Receivers e Kickers. Quando esse estudo é comparado a um estudo de Kramer e col(apud KRAEMER Body size and composition of National Football League players. J Strength Cond Res 3:485-489, 2005) Observa-se que os alunos envolvidos na pesquisa são em media um pouco maiores que os profissionais (189cm contra 188cm), possuem massa corporal parecida (ambos 107kg), quando comparado o percentual de gordura, os profissionais são um pouco mais magros (14% contra 15%) e o IMC é mais alto em jogadores profissionais (30 contra 29,8kg/m2)
Um estudo realizado por Mc.Gee e Buskett (2003) aponta que os testes do Combine da NFL podem ser considerados como um parâmetro para prever o sucesso do atleta na liga profissional, quando usado de forma apropriada pela equipe técnica, sendo que os resultados mais consideráveis são obtidos analisando testes das seguintes posições: Wide Receiver, Running Backs e Defensive Backs (englobam Cornerbacks e Safeties) quando comparados com Linebackers. Abaixo, serão descritos os testes que fazem parte do Combine.
Testes do Combine NFL
Forty Yard Dash Drill
O teste de tiro de quarenta jardas é um dos mais populares do Combine, consiste no avaliado correr, o mais rápido possível a distância de quarenta jardas, tendo tomadas de tempo na jarda dez, na jarda vinte e na jarda quarenta, como mostrado na Figura 1 (NFL.COM).
É um teste que tem por principal objetivo mensurar a potência anaeróbia, aceleração e velocidade do atleta (MC GEE & BUSKETT, 2003).
Bench Press Test
O teste de Bench Press (a.k.a. Supino) é um teste de força e resistência muscular em que o atleta repete o movimento do exercício de supino com uma barra com 225 pounds (aproximadamente 102kg) até atingir a fadiga(NFL.COM).
Utilizado para mensurar a força de membros superiores, sendo o único teste do Combine em que a ênfase é nos membros superiores do atleta avaliado.(MC GEE & BUSKETT, 2003)
Vertical Jump
O avaliado se posiciona com os pés unidos e deve saltar o mais alto possível, empurrando uma seqüência de bandeiras de plástico que são posicionadas à sua frente. Esse teste indica a potência anaeróbia e força de membros inferiores (NFL.COM).
Broad Jump
Segundo Mc. Gee e Buskett (2003), o teste de salto em distância indica a potência e força de membros inferiores, sendo que o atleta deve partir de um semi-agachamento, saltando em frente o mais distante que conseguir. A mensuração do resultado é obtida do ponto de partida até o ponto mais próximo do ponto inicial em que o atleta tocou o chão após o salto.
Three Cone Drill
O avaliado inicia esse teste na posição de três pontos, de frente para três cones que são colocados em forma de “L” com uma distância de cinco jardas entre eles. O início do exercício é de frente ao primeiro cone destes, ele corre até o cone que está a frente, corre de volta ao primeiro, então em direção ao segundo novamente, passa por fora dele, em direção ao terceiro, o qual ele contorna e corre de volta ao segundo, que contorna também, agora em direção ao primeiro cone, aonde o teste termina.Esse teste tem como objetivo mensurar a potência de membros inferiores do atleta, bem como a sua habilidade em mudar de direção rapidamente (MCGEE & BUSKETT, 2003).
Twelve Yard Shuttle Drill
Nesse teste, são colocados três cones paralelos, com uma distância entre si de 5 jardas. O avaliado inicia da posição de três pontos no cone do meio, ao sinal sonoro ele corre até um dos cones, chegando nele, muda de direção e corre em direção ao cone que está na outra extremidade, conforme mostra a figura 3 (NFL.COM).
Esse teste tem com objetivo mensurar a potência de membros inferiores e a habilidade de mudar de direção, alcançando uma grande velocidade rapidamente do avaliado (MCGEE & BUSKETT, 2003).
Apresentação e análise dos resultados
Os dados do Combine NFL foram analisados pelo software WinSTAT for Excel, o qual apontou distribuição Normal para todos os testes. A média e desvio padrão dos testes são apresentados na tabela abaixo. A seguir, serão apresentados os resultados da análise estatística.
Assumindo a distribuição normal do teste de 40yd, o mesmo foi submetido à Análise de Variância (ANOVA), método de Scheffé, com nível de significância (p) igual a 0,05, obtemos o seguinte resultado:
O grupo que engloba CB, WR, RB, S, TE e QB não possuem diferença significante entre si, tendo o tempo melhor que o grupo que engloba S, TE, QB, DL e LB, que não possuem diferença significante entre si melhores que o grupo que engloba LB e OL, que não possui diferença significante entre si.
A posição com o melhor tempo médio, levando em conta o Desvio Padrão é a de Cornerback (CB), seguida pelos Wide Receivers (WR), isso pode ser explicado pois essas duas posições são as que tem maior necessidade de um jogador com um sprint rápido, tendo em vista que devem percorrer uma grande distância em um curto espaço de tempo. Na seqüência, se encontram os Running Backs, os corredores, que devem ter alem da velocidade para ganhar o máximo de jardas possível na jogada, agilidade para se livrar do marcador.
Safety (S) vem na seqüência, sendo um jogador que deve cobrir grandes áreas do campo para evitar o avanço do jogador de ataque ou impedir a recepção da bola pelo mesmo. Tight Ends (TE), são jogadores intermediários entre os recebedores de passe e os jogadores da linha ofensiva, devem ter mais força para bloquear o defensor, mas também devem ter velocidade para fazer rotas e receber o passe e avançar em direção a zona de pontuação (Endzone).
Quarterbacks (QB) seguem na lista, sendo jogadores que devem ter uma grande visão de jogo e agilidade para se livrar da marcação, não sendo vital para a função um grande resultado nesse teste. Por fim, Defensive Linemen (DL), Linebackers (LB) e Ofensive Linemen (OL) são jogadores em que se enfatiza a força máxima em detrimento à velocidade, nessa posição o mais importante é a força explosiva e a velocidade para poucas jardas para alcançar algum marcador ou o jogador de ataque que lhe foi incumbido.
Assumindo a distribuição normal do teste de Bench Press, utilizamos a Analise de Variância (ANOVA), método de Scheffé, com nível de significância (p) igual a 0,05, obtemos o seguinte resultado:
WR, TE e CB não possuem diferenças significativas entre si,sendo menores que os resultados de TE, CB e S, que não possuem diferenças significativas entre si, sendo menores que S, RB e LB, que não possuem diferenças significativas entre si e menores que LB, OL e DL, que não possuem diferenças significativas entre si. QB não tiveram seus resultados divulgados para esse teste.
Para as posições de Wide Receiver e Cornerback, não há muita importância para esse teste, tendo em vista que eles devem ser mais rápidos que forte, tendo na força relativa sua vantagem, assim como Tight Ends, Safeties e Running Backs.
Já os jogadores das linhas ofensiva e defensiva (OL e DL) e em menor numero Linebackers, principalmente os Middles, são jogadores que devem enfatizar muito essa resistência de força de membros superiores para poder suportar a demanda de um jogo, em que de bloqueia o oponente repetidas vezes e vence-lo.
Assumindo a distribuição normal do teste do Vertical Jump, utilizamos a Analise de Variância (ANOVA), método de Scheffé, com nível de significância (p) igual a 0,05, obtemos o seguinte resultado:
Jogadores da OL e DL não possuem diferenças significativas entre si, tendo resultados significativamente menores que DL, QB e TE , que não possuem diferenças significativas entre si, tendo os seus resultados significativamente menores que os de QB, TE, LB, S, RB e CB, que não possuem diferenças significativas entre eles e menores que os de LB, S, RB, CB e WR que não possuem diferença significativa entre si.
A linha de ataque (OL) foi a posição com o resultado menos expressivo do teste, levando em conta a característica desses jogadores que, como citado anteriormente no estudo de Mathews e Wagner (2008) , muitas vezes saem do futebol americano universitário obesos, muitas vezes assim se mantendo por toda sua carreira profissional, sobretudo por sua posição ter como ênfase a força total.
Os jogadores da linha defensiva, Quarterbacks e Tight Ends também possuem resultados não muito elevados, considerando que os jogadores da linha defensiva muitas vezes devem saltar para poder desviar a trajetória da bola lançada em um passe, deve-se levar em conta também a altura e o alcance dos membros superiores do jogador.
Linebackers também têm nesse teste um bom indicador de sua performance, pois também devem ter bons saltos para atrapalhar a trajetória da bola com tapas ou mesmo intercepta-las quando possível. Atualmente, por Running Backs serem alvos freqüentes de passe tanto na liga universitária quanto na profissional, vê se importante que ele consiga saltar alto para alcançar os passes, assim como Safeties que devem saltar alto, muitas vezes vencendo a disputa com o receptor de bola para desvia-la ou intercepta-la. Já os Wide Receivers devem aliar sua altura a saltos, pois assim aumentam sua área de recepção da bola, podendo receber melhor a bola, possuindo a melhor marca nesse teste.
Assumindo a distribuição normal do teste do Broad Jump, utilizamos a Analise de Variância (ANOVA), método de Scheffé, com nível de significância (p) igual a 0,05, obtemos o seguinte resultado:
As posições de WR, CB, TE, RB, LB, S e QB não apresentam diferenças significativas entre si, sendo melhor que as posições LB, S, QB e DL, que não apresentam diferenças significativas entre si, a OL teve um resultado significativamente menor que todos os outros grupos.
O resultado do teste de salto em distancia, aliado com o do salto vertical, traz ao avaliador todo o alcance do seu jogador, tendo em vista que forma um arco da altura e distancia do alcance do atleta. Como falado acima, os testes não trouxeram muitas diferenças significativas entre os grupos de posições, por ser um ponto em comum entre elas, saltar a frente para receber a bola (WR), saltar para se antecipar ao recebedor e impedir o passe (CB e S), saltar em frente para derrubar o Quarterback (LB e DL). A linha ofensiva (OL) é a única em que esse tipo de gesto não se mostra tão importante.
Assumindo a distribuição normal do 3 Cone Drill, o mesmo foi submetido à Análise de Variância (ANOVA), método de Scheffé, com nível de significância (p) igual a 0,05, obtemos o seguinte resultado:
Os jogadores das posições WR, CB, QB, TE, RB e S não apresentam diferença significativa entre si, tendo melhores resultados que os jogadores das posições de QB, TE, RB, S e LB, que não apresentam diferenças significativas entre si, sendo melhor que LB e DL. Os jogadores da OL tiveram resultados significantemente menores que todos os outros grupos de jogadores.
Esse teste mede a velocidade e agilidade do jogador, importante em todas as posições, em especial para as que obtiveram os melhores resultados, Wide Receivers e Cornerbacks, pois esses têm que correr muito rapidamente e fazer uma mudança abrupta de direção, recuperando em seguida a velocidade para receber ou impedir a recepção da bola. Quarterbacks deve ter agilidade para se livrar de quem ultrapasse a linha de ataque e se colocar em posição de lançar a bola rapidamente, Tight Ends e Running backs devem ser ágeis para, com a posse da bola, mudar de direção rapidamente e se livrar do jogador defensor.
Jogadores da Linha de defesa e Linebackers tem um resultado menos expressivo, mas também devem ser rápidos em mudança de direção para avançar contra o Quarterback adversário ou o corredor para impedir que a jogada seja bem sucedida. Novamente, a Linha ofensiva não tem grande necessidade de obter um bom resultado aqui, pois em poucas jogadas terá que mostrar uma grande velocidade de mudança de direção para retomar velocidade rapidamente.
Assumindo a distribuição normal do 20yd Shuttle Drill, o mesmo foi submetido à Análise de Variância (ANOVA), método de Scheffé, com nível de significância (p) igual a 0,05, obtemos o seguinte resultado:
As posições de CB, TE, WR, QB e RB não apresentam diferenças significativas entre si, tendo resultados melhores que os das posições TE, WR, QB, RB, LB e S, as quais não apresentam diferença significativa entre si, mas são melhores que S e DL. A OL teve um resultado significativamente pior que todos os outros grupos de posição.
Esse teste, que é similar ao teste de 3 cones, apresenta melhor a retomada de velocidade após uma mudança de direção, evidenciada pelo fato do resultado do Cornerback ser o melhor, pois ele deve ter a velocidade de reação para seguir o jogador que está marcando e mudar de direção junto, acompanhando a velocidade e até se antecipando ao jogador marcado. Tight ends e Wide Receivers tem suas rotas, na grande maioria das vezes, com uma ou mais mudanças abruptas de direção e devem recuperar a velocidade rapidamente para impedir que o marcador o alcance. Quarterbacks e Runing Backs também tem um resultado bom devido a mudança de direção que fazem para se desmarcarem, como citado anteriormente, ou para acompanhar o jogador que está marcando, que é o caso do Linebacker.
O resultado menos expressivo nesse teste do Safety pode se explicar pelo fato que, por ele ser um jogador que faz a cobertura de jogada, normalmente não precisa mudar a direção de sua corrida, indo diretamente no jogador que está marcando.
O mesmo ocorre com o jogador da linha defensiva, que segue direto em direção ao seu alvo e a Linha ofensiva não tem grande necessidade de obter um bom resultado aqui, pois em poucas jogadas terá que mostrar uma grande velocidade de mudança de direção para retomar velocidade rapidamente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando se apresenta o perfil morfológico e o nível das principais habilidades motoras envolvidas na pratica do futebol americano, podemos utilizar esses valores como referencia aos atletas nacionais para que a descoberta de novos talentos e o treinamento apropriado aos mesmos, sejam feitas com uma maior precisão e parâmetros estipulados. O estudo mostrou que os resultados do Combine servem como mais um parâmetro válido para a escolha de jogadores que se destacaram na universidade, ou seja, os bons resultados nessa bateria de exames é um indicador de que provavelmente o jogador será bem sucedido na sua carreira na liga profissional, além de outros estudos, que evidenciam o aumento do sobrepeso e obesidade em atletas americanos.
O presente estudo mostrou também que existe uma diferença entre os resultados dos testes do Combine conforme a posição devido à especificidade de cada posição, sendo que as posições com funções em que se exige maior diversidade de habilidades, o atleta obteve melhor rendimento em uma ampla variedade de testes, como as posições de Wide Receiver, Corner Back, Safety, Running Back, Tight End, Quarterback e posições com funções mais específicas ou limitadas como Linebackers e Defensive Linemen têm resultados medianos ou baixos. O que se verificou também é que a posição mais limitada do desporto em termos de habilidades motoras é a de Ofensive Lineman, que obteve bons resultados apenas no teste que avalia membros superiores (Bench Press).
Por esse estudo ser realizado na forma de uma pesquisa documental, utilizando-se de dados e pesquisas de atletas americanos, vê-se a necessidade de criar um perfil do atleta brasileiro dessa modalidade para conseguir parâmetros de avaliação com o qual as comissões técnicas de equipes do Brasil se baseiem, levando em conta o crescente interesse pela prática nacional desse desporto e o perfil morfológico do praticante da mesma no país.
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