quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Futebol Americano, emagrecimento e desenvolvimento


Um esporte que tem crescido - e muito - no Brasil é o Futebol Americano. Sim, aquele mesmo, em que os jogadores, com roupas apertadas, capacetes e ombreiras se confrontam em busca da área de pontuação com corridas, passes incríveis e jogadas ensaiadas, o famoso Touchdown.
Porém esse esporte, ainda estigmatizado e desconhecido pela população não tem como único ponto a se observar essa tal ‘violência desnecessária’ digo entre aspas, pois as regras dessa modalidade sofrem constante modificação de forma a proteger o jogador e o contato nesse esporte é mais limitado que parece quando se assiste. Existe toda uma parte tática, cada jogada que será utilizada em um jogo é treinada, lapidada até ser executada com maestria, o que exige dos jogadores além de muita disciplina, concentração, visão tática, velocidade na tomada de decisões, isso sem contar as melhorias no aspecto físico do praticante.
Não é necessário ser um atleta de ponta para praticar esse desporto, tendo em vista a grande variedade de posições e funções que se tem em campo, por exemplo, um garoto franzino pode muito bem se tornar um recebedor de passe, ou um marcador individual, conforme seu desempenho em campo demonstrar. O mesmo ocorre no extremo oposto, um garoto obeso por exemplo, no futebol inglês, em raras exceções, acabaria muito provavelmente sendo o ultimo a ser escolhido, ou nem jogaria, já no futebol americano, ele pode desempenhar uma função vital para sua equipe: ele pode ser o jogador da linha de ataque, a responsável por dar tempo ao ‘armador’ (Quarterback) do seu time para realizar a jogada de forma adequada.
Football, como é conhecido nos Estados Unidos, é um jogo com características de demanda energética do sistema anaeróbio alático, pois consiste em series de jogadas ensaiadas que tem duração, em geral, entre 3 e 7 segundos cada, sendo que esse tempo é muito intenso, tanto para a equipe que ataca quanto para a que defende e após cada jogada se pode ter um intervalo de até 40 segundos. Como estudos têm mostrado, exercícios vigorosos como o futebol americano leva a um gasto elevado de calorias, que contribuem para o balanço energético do indivíduo se tornar negativo (a energia gasta é maior que a consumida), que é o ponto principal para um programa bem sucedido de emagrecimento. Por ser um desporto coletivo, a socialização e a sensação do jovem de que tem um papel importante para sua equipe faz com que a pratica se torne mais prazerosa, o que diminui o índice de desistência por parte do praticante, que é o grande desafio do educador físico.
Essa prática regular, que como citada acima leva o sujeito a um balanço energético negativo, fazendo com que ocorra queima de gordura corporal, além das outras adaptações que o exercício promove, melhoram a qualidade de vida do praticante, melhoria em aspectos psíquicos, como a rápida tomada de decisões, o respeito a hierarquia, a disciplina, respeito ao adversário, auto-conhecimento, melhora da auto-estima.
No quesito desenvolvimento de capacidades físicas e suas habilidades, essa variação do Rugby inglês melhora a força, equilíbrio, coordenação motora grossa e fina, em determinadas posições velocidade, agilidade. A consciência corporal também melhora consideravelmente.
Com isso, se vê nesse desporto - que possui variações menos violentas, como o ‘flag football’, ou futebol de bandeira, que no lugar das fortes pancadas para derrubar o adversário e terminar a jogada, cada jogador carrega na cintura uma fita e, assim como na brincadeira de rouba bandeira, a jogada termina quando essa fita é arrancada da cintura pelo jogador adversário - uma opção para desenvolver e melhorar a qualidade de vida do jovem ou do adulto.

Diogo Heitor do Nascimento, Graduando em Educação Física Bacharelado - FEFISA, Faculdades Integradas de Santo André, Coordenador de Linha Ofensiva da Associação Esportiva Cougars Football, Santo André, 2011

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