Um esporte que tem crescido - e
muito - no Brasil é o Futebol Americano. Sim, aquele mesmo, em que os
jogadores, com roupas apertadas, capacetes e ombreiras se confrontam em busca
da área de pontuação com corridas, passes incríveis e jogadas ensaiadas, o famoso Touchdown.
Porém esse esporte, ainda
estigmatizado e desconhecido pela população não tem como único ponto a se
observar essa tal ‘violência desnecessária’ digo entre aspas, pois as regras
dessa modalidade sofrem constante modificação de forma a proteger o jogador e o
contato nesse esporte é mais limitado que parece quando se assiste. Existe toda
uma parte tática, cada jogada que será utilizada em um jogo é treinada,
lapidada até ser executada com maestria, o que exige dos jogadores além de muita
disciplina, concentração, visão tática, velocidade na tomada de decisões, isso
sem contar as melhorias no aspecto físico do praticante.
Não é necessário ser um atleta de
ponta para praticar esse desporto, tendo em vista a grande variedade de
posições e funções que se tem em campo, por exemplo, um garoto franzino pode
muito bem se tornar um recebedor de passe, ou um marcador individual, conforme
seu desempenho em campo demonstrar. O mesmo ocorre no extremo oposto, um garoto
obeso por exemplo, no futebol inglês, em raras exceções, acabaria muito
provavelmente sendo o ultimo a ser escolhido, ou nem jogaria, já no futebol
americano, ele pode desempenhar uma função vital para sua equipe: ele pode ser
o jogador da linha de ataque, a responsável por dar tempo ao ‘armador’
(Quarterback) do seu time para realizar a jogada de forma adequada.
Football, como é conhecido nos
Estados Unidos, é um jogo com características de demanda energética do sistema
anaeróbio alático, pois consiste em series de jogadas ensaiadas que tem
duração, em geral, entre 3 e 7 segundos cada, sendo que esse tempo é muito
intenso, tanto para a equipe que ataca quanto para a que defende e
após cada jogada se pode ter um intervalo de até 40 segundos. Como estudos têm
mostrado, exercícios vigorosos como o futebol americano leva a um gasto elevado
de calorias, que contribuem para o balanço energético do indivíduo se tornar
negativo (a energia gasta é maior que a consumida), que é o ponto principal
para um programa bem sucedido de emagrecimento. Por ser um desporto coletivo, a socialização e a sensação
do jovem de que tem um papel importante para sua equipe faz com que a pratica
se torne mais prazerosa, o que diminui o índice de desistência por parte do
praticante, que é o grande desafio do educador físico.
Essa prática regular, que como
citada acima leva o sujeito a um balanço energético negativo, fazendo com que
ocorra queima de gordura corporal, além das outras adaptações que o exercício
promove, melhoram a qualidade de vida do praticante, melhoria em aspectos
psíquicos, como a rápida tomada de decisões, o respeito a hierarquia, a
disciplina, respeito ao adversário, auto-conhecimento, melhora da auto-estima.
No quesito desenvolvimento de capacidades físicas e suas habilidades, essa variação do Rugby inglês melhora a força, equilíbrio, coordenação motora grossa e fina, em determinadas posições velocidade, agilidade. A consciência corporal também melhora consideravelmente.
Com isso, se vê nesse desporto - que
possui variações menos violentas, como o ‘flag football’, ou futebol de
bandeira, que no lugar das fortes pancadas para derrubar o adversário e
terminar a jogada, cada jogador carrega na cintura uma fita e, assim como na
brincadeira de rouba bandeira, a jogada termina quando essa fita é arrancada da
cintura pelo jogador adversário - uma opção para desenvolver e melhorar a
qualidade de vida do jovem ou do adulto.
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